O Presidente do Instituto do Património Cultural, Hamilton Jair Fernandes, acompanhado do Diretor dos Monumentos e Sítios, Claudino Ramos e da Jurista Ana Furtado, recebeu nesta manhã o responsável pela obra do edifício Bodona.
Um encontro que aconteceu depois deste receber uma providência cautelar extrajudicial enviada pela instituição, determinando a suspensão imediata da obra, uma vez que as construções que estão a ser realizadas neste que é um património imóvel com valor histórico e patrimonial, descarateriza a edificação vertical alterando substancialmente a sua arquitetura tradicional, sua volumetria e altimetria original dos dois pisos.
A medida cautelar justifica-se ainda pelo fato de que ao realizar a obra sem solicitar um parecer das autoridades competentes em matéria de proteção do património, neste caso o IPC, o responsável pelas construções violou o artigo 18 nº1 do regime de valorização e proteção do património cultural que determina que todas as construções realizadas em centros históricos deverão padecer de um aval técnico.
O responsável pela obra justificou que antes de proceder qualquer intervenção no edifício emitiu um pedido de licença para o efeito junto à Câmara Municipal da Praia, que lhe foi atribuído, e que em momento algum lhe foi informado que deveria pedir um parecer junto ao Instituto do Património Cultural, sentindo agora prejudicado pelo embargo da obra.
No final do encontro ficou o compromisso do envio do projeto do edifício Bodona ao IPC para uma análise conjunta a fim de se encontrar uma solução para o problema.
