Intangible Heritage

São João – Porto Novo

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São João – Porto Novo

In Porto Novo/Santo Antão, the highlight of the S. João festivities is the Pilgrimage. Pilgrims travel about 23 kilometers under a scorching sun, but that does not intimidate them. It's almost seven hours of walking with great joy, in an authentic demonstration of faith and devotion to the saint. It is the opportunity to pay promises and thank the saint for something they have achieved.

There are seven stops until Porto Novo. At each stop, they deposit the processional litter in a strategic place where people pray to the saint. The pilgrims are warmly received with lots of festivity and food. The drummers, already with renewed strength, beat their drums while groups of party-goers paste the Sanjon in an endless euphoria. The syncretism of the feast is evidenced by the alternating sounds of religious chants and drummers. There is time for everything on this pilgrimage. The religious and the profane blend in perfect harmony.

O som contagiante do tambor e do “kolá sonjon” é uma das principais referencias da festa.  O toque se diferencia de ilha para ilha e mesmo de localidade para localidade. Enquanto que na ilha Brava o toque é cadenciado e permite a dança de cavalos treinados para isso, no Porto Novo tocam o sonjon revoltiode, um toque de tambor mais vivo e acelerado que contagia a todos que participam na festa. Os tamboreiros são identificados pela forma com lidam com os tambores e têm seguidores que os procuram imitar. Contagiados pelo ritmo quente dos tambores, as pessoas começam a desafiar uns aos outros para um colá sonjon revoltiode, proferindo dizeres tipicos da época tais como, Oh ke sebe! Kola para riba porque pa boxe n’ne de bo konta!, etc.

Fecham os olhos e dão a umbigada (movimento cadenciado em que os pares chocam os umbigos embora o objectivo seja chocar os genitais). Esta dança é conhecida por  San Jon, praticada sobretudo entre mulheres, mas também entre homem e mulher.  (E.T)

Na última paragem, na Capelinha de Água Doce, várias pessoas que não puderam ir a Ribeira das Patas aproveitam a oportunidade para dar as boas vindas ao Santo e aos peregrinos. 

O próximo destino é a capela de São João Baptista que por esses dias parece pequena para albergar a multidão que acompanha o santo, o qual deverá regressar no dia seguinte a Ribeira das Patas, onde ficará até ao ano seguinte.

A festa não termina, pois na Ribeira das Patas onde festejam ainda o S. Jonzinho e fazem a entrega dos fegide (Jovens que foram a Porto Novo sem autorização dos familiares), prática conhecida localmente como “kolá fegide”

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