Cidade Velha – berço da Nação Cabo-verdiana completou hoje, 26 de junho, 15 anos em que foi elevado à categoria de Património Mundial da Humanidade.
Depois da independência, este sítio, o primeiro aglomerado europeu nos trópicos e que desempenhou entre o século XV a XVIII um papel geoestratégico na navegação transoceânica, designadamente, no fornecimento de mantimentos, na reparação de embarcações e na cura de enfermos, recebeu vários investimentos para que hoje seja um dos principais e mais importante local de interesse e visitado pelos nacionais e turistas.
Muito ainda há que se descobrir neste sítio, em terra e pela baía que o banha, a Cidade Velha acolheu, na manhã desta quarta-feira, o seu Plano Detalhado de Salvaguarda.
“O Plano Detalhado de Salvaguarda ajudará na preservação e promoção de Cidade Velha como Património Mundial da Humanidade”, avançou o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, a quem coube fazer a abertura do ato.
Um documento, que será socializado, e que conta com uma visão transversal que dá diretrizes de como fazer, como continuar a preservar, e promover o sítio histórico com a certeza de que manterá o título.
“É um documento técnico, mas de gestão e trabalho previsível. Contêm o saber técnico, a garantia de continuação da cooperação com UNESCO, com as instituições internacionais com ponto de vista técnico e científico”, continuou o Governante para quem o mesmo dará garantia aos cabo-verdianos que aquilo que vai ser descoberto será trabalhado num plano “que sejamos um bom exemplo para o continente africano e para demais sítios com as mesmas características de história como Cabo Verde”.
O Plano, conta com o financiamento do Governo de Cabo Verde e do Banco Mundial, no quadro do Projeto Turismo resiliente e Desenvolvimento da Economia Azul, tem como objetivo primordial ser uma ferramenta abrangente destinada a preservar e enriquecer o valor histórico do centro histórico de Cidade Velha, reconhecido como Património Mundial, propondo a proteção dos edifícios históricos e patrimoniais, bem como dos seus desenhos urbanos e paisagísticos.
O Plano tem uma vigência de 24 meses (2 anos) e conta com um orçamento de 17 milhões de escudos cabo-verdianos