O Museu do Campo de Concentração do Tarrafal recebeu nesta manhã a visita do Ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva e sua comitiva.
Património histórico de memória coletiva entre Cabo Verde, Portugal, Angola e Guiné no combate à ditadura e ao colonialismo.
O titular português responsável pela pasta da cultura pôde perceber in loco o contexto de funcionamento do Campo, sob a exida do regime salazarista onde predominou hediondo práticas ideológicas de aprisionamento de toda e qualquer liberdade que se opusesse ao regime.
Ao todo foram trezentos e quarenta presos políticos portugueses entre (1936 a 1954), onde trinta e dois (32) padeceram ainda no e vinte (20) no espaço de dois anos após abandonarem o “campo da morte lenta”.
No final da visita ficou o compromisso da participação de Portugal nas comemorações do cinquenta (50) anos do encerramento do Campo de Concentração do Tarrafal em 2024, com um momento de evocação e homenagem partilhada com os ex presos de diferentes nacionalidades sobreviventes dos ditames do regime bem como todo o suporte técnico para candidatura do património histórico a património da humanidade.
“Estamos inteiramente disponíveis para colaborar com Cabo Verde nas várias dimensões que tem a ver com a musealização, com a preservação do património e também pela conservação da memória no combate pela democracia e combate pela independência.”
A visita foi presidida pelo presidente do Instituto do Património Cultural, Hamilton Jair Fernandes, e pela Diretora dos Museus Ana Samira Silva Baessa.