Ribeira Grande de Santiago, comumente designado de Cidade Velha trata-se do primeiro aglomerado europeu nos trópicos. Durante séculos (sec. XV a sec. XVIII) desempenhou um papel geoestratégico na navegação transoceânica, designadamente, no fornecimento de mantimentos, na reparação de embarcações e na cura de enfermos.
Igualmente, funcionou como placa giratória no comércio triangular de escravos (Europa, África, América) que se desenvolveu a partir dos meados do século XVI. Por outro lado, a fertilidade do solo e a abundância de água levou a fixação de colonos e escravos. A medida que a dinâmica social foi organizando, foram-se construindo várias infraestruturas de cariz militar, religioso e civil condensado num pequeno aglomerado urbano, e que hoje representam o testemunho da grandiosidade histórica da Cidade Velha.
ler maisO Sítio Histórico da Cidade Velha foi classificado em 2009 pela UNESCO como Património da Humanidade, (https://whc.unesco.org/en/statesparties/cv) pelos critérios II, III e VI.
Carta Arqueológica da Cidade Velha
O Conjunto histórico da Cidade Velha, classificado como Património da Humanidade, devido à sua importância histórica e patrimonial, conserva ainda vestígios que exigem a sua preservação.
A carta arqueológica constitui um inventário georreferenciado de sítios com interesse arqueológico e patrimonial, em permanente atualização, surge nessa perspetiva de dar resposta à salvaguarda e a gestão dinâmica dos vestígios. Assim, tem como principal objetivo a identificação e reunião num único suporte, dos vestígios dentro do grande sítio arqueológico que é a Cidade Velha, realçando assim o seu potencial arqueológico e patrimonial, cientes da importância da preservação do patrimônio histórico como instrumento de preservação da memória.
Consulte a Carta Arqueológica e Storymaps da carta arqueológica da Cidade Velha.
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