QUE CAMINHOS PARA OS ESTUDOS CULTURAIS CABO-VERDIANOS? CASO DO BATUCO & FUNANÁ

QUE CAMINHOS PARA OS ESTUDOS CULTURAIS CABO-VERDIANOS CASO DO BATUC

A Direção do Património Imaterial da IPC, realizou uma Mesa Redonda, subordinada a dois importantes bens do Património Imaterial cabo-verdiano, batuco e funaná. O objetivo foi de aprofundar e partilhar a nível do corpo técnico da instituição, as discussões sobre os princípios e os caminhos da investigação cultural conducentes aos processos de salvaguarda e valorização da identidade cultural nacional.

A Diretora do Património Imaterial, Carla Semedo, discorreu sobre Contranarrativas e agenciamentos musicais dos coletivos de tchabeta na roça Agostinho Neto, e o seu papel enquanto instrumento de afirmação de identidade e reivindicação do espaço entre os descendentes cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe, em consequência do processo migratório a partir da década de 40, do século passado.

A Historiadora Débora Cristina Sanches versou sobre o percurso histórico e contextual do Batuco, trazendo a discussão as raízes dessa manifestação cultural, seguramente uma das mais antigas do país. Já o Antropólogo Martinho Brito trouxe para o debate a relevância do Funaná enquanto elemento da “Resiliência cultural em Cabo Verde” e a forma como a prática forjada no interior da ilha de santiago, em espaços de confraternização e sociabilidade se conforma como elemento identitário e de não subjugação cultural.

A sessão culminou com um produtivo debate a volta dos temas propostos e novas pistas de investigação e de valorização destes bens no contexto do quadro de proteção existente.

Nota-se, que a IPC está atualmente a trabalhar em projetos de valorização do batuque e do funaná com vista a suas classificações como património imaterial nacional e a constituição de futuros dossiers à Patrimônio Imaterial da Humanidade.

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