No quadro da implementação dos projetos previstos no Plano Operacional do Turístico (POT) para a Cidade Velha, Património Mundial, foi realizada, hoje, uma visita técnica conjunta ao Sítio Histórico, envolvendo o Instituto do Património Cultural (IPC), o Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV) e a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago. A visita teve como principal finalidade a auscultação direta do estado de execução dos projetos atualmente em desenvolvimento, no âmbito dos financiamentos assegurados pelo Governo de Cabo Verde em mais de 300.000.0000 (trezentos mil contos) através do Banco Mundial e pelo Fundo do Turismo.
Estes projetos inserem-se numa estratégia integrada de valorização patrimonial, requalificação urbana e dinamização da oferta turística, com enfoque na sustentabilidade e na salvaguarda dos valores culturais e históricos que conferem à Cidade Velha o seu estatuto de Património Mundial da Humanidade com vista a sua conformação como um dos principais polos turísticos da Ilha de Santiago. O périplo técnico incluiu visitas à Fortaleza Real de São Filipe, à Orla Marítima, a praça do Pelourinho e ao Complexo da Misericórdia, três espaços de elevada relevância histórica e cujas intervenções perspetivam uma melhoria extraordinária em termos da proteção dos seus valores patrimoniais e sua integração turística e cultural no contexto deste Sítio.



Estas intervenções integram reabilitação infraestrutural, acessibilidade e integração paisagística, iluminação e criação de novos espaços de lazer e fruição. Ao longo do percurso, foram sinalizados os progressos registados em termos de elaboração de projetos e o processo do concurso do troço Catedral- Misericórdia em fase final de avaliação, bem como os constrangimentos que ainda subsistem e que requerem uma abordagem coordenada entre os diferentes atores institucionais.
A visita permitiu, ainda, perspetivar novas linhas de ação no seguimento dos trabalhos em curso, nomeadamente no que concerne à consolidação da base material do património, à qualificação da experiência turística e à promoção de mecanismos participativos para a gestão do território histórico a partir da implementação das diretivas do Plano Detalhado de Salvaguarda, também financiado pelo Banco Mundial que foi aprovada no passado mês de dezembro.


