A ilha do Maio acolheu, numa tarde abençoada pela chuva, um ato emocionante e carregado de simbolismo – aconteceu o ato de inauguração da silhueta em homenagem ao compositor maiense Adalberto Silva “Betú”.
Um ato de homenagem e reconhecimento ao contributo que Betú deu à sua terra natal, cantando-o e expressando todo o seu amor, a Cabo Verde, pelas mornas, coladeiras escritas e pela melodia do Hino Nacional do pais e um tributo à ilha do Maio.
“Betú é um dos nomes mais proeminentes da cultura cabo-verdiana, mas também é um dos que melhor contribuiu com a sua arte e com as suas músicas para a classificação da morna a Património da Humanidade”, afirmou o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, ao presidir o ato de inauguração.
A silhueta foi colocada num local escolhido pelo próprio Betú, a Avenida principal da cidade do Porto Inglês, passagem obrigatória para todos os que visitam a ilha do Maio. Junto ao mar, Betú passa a contemplar, em forma de silhueta, a bela extensão de areia e as águas transparentes, a cidade da sua terra natal.
A posição é estratégica também porque daquele lugar se vê a ilha de Santiago, por onde o sol se põe como descreve Betú na sua composição “Notícia” – “laranja bai ta cai traz di Santiago”.
“Betú escreveu o primeiro hino de Djarmai. É uma pessoa de quem os maienses têm muito orgulho. Betú é um nome incontornável e inquestionável não só do percurso musical, mas também da ilha do Maio. Creio ser um justo tributo a esta grande personalidade e à ilha do Maio.
Adalberto Silva “Betú” nasceu a 07 de julho de 1961. Completa hoje 63 anos. É um compositor de fina pena com músicas interpretadas por grandes vultos da nossa música como Ildo Lobo, cujo o mesmo reconhece que lhe deu a primeira grande oportunidade de mostrar os seus escritos para o mundo, Cesária Évora, Nancy Vieira, entre outros.