Monumentos e Sítios

A sua ocupação iniciou-se a partir do concelho da Ribeira Grande, nos finais do século XVI, sendo este o primeiro aglomerado populacional da ilha de Santo Antão. Neste momento, residem no interior do PNCPRT cerca de 350 agregados familiares.

Desde a sua ocupação, tem-se desenvolvido no interior do PNCPRT uma forte interação do homem e o meio físico, condicionada pela orografia pronunciada, com montanhas ingremes e salientes, obrigando o homem adaptar-se com engenhosidade e forjando assim uma paisagem peculiar que representa uma simbiose perfeita entre o homem, a natureza e o desenvolvimento sustentável. A título de exemplo, aponta-se a construção das casas tradicionais, os sistemas de proteção do solo, as infraestruturas de irrigação, caminhos vicinais. Associados a estes aspetos materiais do parque está uma forte componente intangível expressas no saber fazer tradicional e na memória coletiva, nomeadamente, no artesanato confecionado com matéria-prima local (sisal, caniço), na transformação dos produtos agrícolas, principalmente, produção do grogue, confeção de queijo de cabra, licores e doces, contos tradicionais, cantigas de trabalho, medicina tradicional com recursos a ervas endémicas e medicinais. Este conjunto de valores transmitido de geração em geração num equilíbrio sociocultural tem permitido a conservação da identidade da paisagem.

No que se refere ao património natural o PNCPRT possui um dos mais significativos centros de biodiversidade de Cabo Verde, com um agrupamento de endemismo considerável e ocorrência da conservação in situ

O PNCPRT foi inscrito na Lista Indicativa de Cabo Verde, fundamentado nos seguintes critérios (v), (vii) e (x).