Valorização do Pano de Terra – conclusão do inventário no interior da ilha de Santiago

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O Instituto do Património Cultural (IPC), através da Direção do Património Imaterial (DPI), dá continuidade ao processo de valorização do pano de terra com a conclusão do inventário no interior da ilha de Santiago, mais precisamente no Município de São Miguel.

Esta fase compreende a descrição aprofundada do bem, com destaque para os aspetos técnicos, simbólicos e sociais que envolvem a produção do Pano de Terra. O trabalho no terreno inclui a recolha documental, fotográfica e audiovisual, e visa a composição do dossiê para a classificação do bem como Património Cultural Imaterial Nacional.

Durante a missão, a equipa da DPI, coordenado pelos antropólogos Humberto Lima e Ana Samira Carvalho, trabalharam em estreita colaboração com os artesãos locais, nomeadamente os mestre tecelões José Carlos e Jorge Gomes (Vito), detentores de saberes transmitidos de geração em geração.

As suas práticas e narrativas são fundamentais para compreender a dimensão histórica e identitária do Pano de Terra, enquanto expressão do artesanato tradicional cabo-verdiano. Esta ação segue os trabalhos já realizados nos municípios de Santa Catarina e São Salvador do Mundo, no quadro do levantamento nacional dos centros de produção do pano. O objetivo é garantir a salvaguarda e valorização desta herança cultural, enquanto património vivo.

Simultaneamente o IPC já está a trabalhar com o Centro do Património Mundial da UNESCO para a criação de um centro do pano de Terra, inspirado na intervenção no Centro de Olaria de Fonte Lima, que deverá agregar a oficina de produção, o espaço de memória, loja e outros serviços conexos.

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